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quinta-feira, 24 de maio de 2012

O SUICÍDIO DOS RICOS



O fracasso social não é uma obra do acaso. Tratar-se de algo proposital. O Brasil dos últimos anos fez uma opção pelo erro. Vivemos num país suicida. Nota-se, a propósito, o que se passa com alguns dos principais empresários brasileiros, os mais ricos. Eles têm fome de espertezas. Alimentam-se de pequenas vantagens.

Levantamento da Receita Federal demonstra que nossos milionários não pagam impostos. O curioso é que, embora soneguem, não podem ser classificados como sonegadores.

De ponto de vista estritamente técnico, eles agem dentro da Lei, aproveitando-se de pequenas brechas da conturbada legislação fiscal. Arquivam-se do FISCO brandindo textos legais.

Aqui chegamos ao ponto: principais vítimas de violências urbanas, nossos ricos recusam-se a entregar ao ESTADO o dinheiro necessário para estabelecer a ordem em termos duradouros. Acham que enxergam longe, mas têm vista curta. Imaginam-se inteligentíssimos, mas, na verdade, entregam-se a uma lógica de toupeira.

A riqueza nacional prefere gradear portas e janelas a pagar regularmente os seus impostos. Prefere alimentar a criminalidade a dotar o ESTADO de condições mínimas de ação.

A salvação dos ricos está na desmoralização do seu próprio sistema de vida. Incontáveis fortunas terão de ser assaltadas para que os milionários entendam a importância do recolhimento de impostos.

Muitos bacanas do Brasil ainda terão de ser seqüestrados para que a riqueza compreenda a imperiosa necessidade de reforçar a presença do ESTADO nas favelas brasileiras.

Os milionários brasileiros atingiram a plenitude da idiotice. Pauta-se pela lógica do Tio Patinhas, entopem bolsos e cofres com um dinheiro que podem usar cada vez menos. Com o dinheiro que esconde do FISCO, o tubaronato compra jóias para adornar os seus cofres. Adquire carros importados para desfilar o próprio medo no asfalto de nossas principais cidades. Para que o Brasil abandone a vocação suicida, é preciso que os milionários passem a recolher os seus impostos antes de reclamar da ineficiência da polícia.



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