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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

DITOS POPULARES NORDESTINO



Em suas conversas do dia a dia, o nordestino simples do interior, gosta de enfeitar a conversa não apenas fazendo comparações tipo “alinhado feito meio-fio”, como também costuma usar citações populares, demonstrando domínio sobre o tema abordado. Ora ingênuos ou maliciosos, ora engraçados ou preconceituosos, muitas moralistas ou até filosóficos, tais ditados expressam a criatividade e a sabedoria desse povo e refletem a sua peculiar visão de mundo.

 DITOS POPULARES NORDESTINO


Quem engole corda é cacimba;
Quem tem filho barbado é gato;
Quem anda para traz é caranguejo;
Quem se conserva em álcool é cobra de farmácia;
Quem gosta de seca é carne de sol;
Quem gosta de lama é bacorinho;
Quem vive de emprestar é banco;
Quem gosta de mim sou eu mesmo;
Quem cole mole é banguelo;
Quem gosta de cartaz é porta de cinema;
Quem come lixo é pinto;
Quem valoriza velho é arquivo;
Quem tem unha lascada é boi;
Quem é besta é côco;
Quem bota homem para frente é topada;
Quem gosta de aperto é parafuso;
Quem não tem pai é pinto de chocadeira;
Quem cuspe pro céu, leva cuspe na cara;
Quem vai pro ar perde o lugar;
Quem vai pro vento perde o acento;
Quem com muitas pedras bole, uma dá-lhe na cabeça;
Quem vive de promessa é São Severino dos Ramos;
Quem beija meu filho, a mim abraça;
Quem morre bela boca é peixe;
Quem sobe pra cair logo é foguetão;
Quem quer muito traz de casa;
Quem visita depressa é médico;
Quem gosta de teima é cantador de desafio;
Quem tem com que me pague nada me deve;
Quem vive de cachaça é alambique;
Quem dorme “piado” sonha com o bicho do dia;
Quem gosta de calor é pão de forno;
Quem voa sem asa é papagaio de papel;
Quem vive de jogo é bola de futebol;
Quem resolve coisas por baixo é clister;
Quem vive de futuro é cartomante;
Quem canta de graça é galo;
Quem engorda tapurú é defunto;
Quem anda na linha é trem;
Quem tem olho é não enxerga é goiaba;
Quem vive de bola é goleiro;
Quem tem sorte com bicho é banqueiro;
Quem guarda segredo é baú;
Quem vive de segredo é maçonaria;
Quem diz o quer, ouve o que não quer;
Quem se mete no fogo é bombeiro;
Quem tem casa e mora na rua é botão de paletó;
Quem é escravo não ama;
Quem aparta briga é juiz;
Quem vive de morte é coveiro;
Quem morre de véspera é peru;
Quem agrada a todos é dinheiro;
Quem corre sem cansar é cavalo de carrossel;
Quem gosta de balanço é rede;
Quem trabalha de graça é relógio;
Quem dorme de touca é nenê;
Quem gosta de poeira é pé de vento;
Quem assovia de noite chama cobra;
Quem come, engole;
Quem vive de empurrão é balanço;
Quem vive de traçado é carta de baralho;
Quem precisa de freio é caminhão na ladeira;
Quem gosta de buraco é tatu;
Quem brilha todo o tempo é vidrilho;
Quem não pode parar é bicicleta sem freio;
Quem viaja deitado é defunto;
Quem vive de brisa é beira de praia;
Quem nunca sai do leito é rio manso;
Quem só sai de noite é tetéu;
Quem dá, recebe;
Vou parar por aqui, pois “quem fala muito erra” é já falei demais!

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